sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Brincadeiras nas aulas de matemática

   Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento criativo e a capacidade de resolver situações problema. Sendo assim, por que não utilizar alternativas que aumentam a motivação para a aprendizagem?
    O uso de jogos e brincadeiras nas práticas pedagógicas faz com que os alunos gostem de aprender, mudando a rotina da classe e despertando o interesse dos envolvidos. Dessa forma também é possível desenvolver concentração, organização, autoconfiança e socialização, aumentando as interações entre todos.
   Muitas das atividades lúdicas envolvem várias competências do aluno ao mesmo tempo, pois em sua maioria exigem o corpo da criança em movimento e a reflexão lógica desses movimentos. Assim é possível desenvolver a competência corporal e competências mais complexas como contar, medir, comparar e representar o pensamento através da fala ou do desenho.
   O educador deve transformar a sala de aula em uma oficina de trabalho, um espaço acolhedor e alegre, onde a cooperação encoraja os alunos a explorarem possibilidades e levantarem hipóteses. Os erros e falhas são utilizados de uma maneira que gerem novos conhecimentos e não punição.
   É importante que o professor participe das atividades e brincadeiras que propõe, pois fazendo isso de maneira prazerosa, ele é visto como um modelo e um companheiro.
   Como exemplos de brinacadeiras infantis que interligam diferentes áreas do conhecimento e também desenvolvem o raciocínio matemático podemos citar a amarelinha, bola de gude, brincadeiras com corda, com bola e de roda. Essas brincadeiras fazem parte do patrimônio histórico social de nossa sociedade e muitas vezes são esquecidas e deixadas em segundo plano pela escola e pela família.
   As brincadeiras não devem ser propostas apenas uma vez, mas sim por várias semanas para permitir a compreensão das regras e para a evolução pessoal de cada criança em relação à atividade, onde o professor fará o acompanhamento e as intervenções necessárias.


Amarelinha

   Os recursos necessários para esse jogo são simples: uma pedrinha ou tampa de garrafa e um diagrama riscado no chão. A amarelinha tradicional é a mais conhecida, mas também há outras variações como amarelinha caracol, rocambole, inglesa, entre outras.
   Essa tradicional brincadeira desenvolve a noção de número, de medida e de geometria. Além disso, é possível trabalhar com as crianças: sequência numérica, reconhecimento de algarismos, comparação de quantidades, avaliação de distância e de força e localização espacial.




Bola de gude





   A bola de gude permite muitas variações de brincadeiras, mas em sua maioria, são jogos de alvo, onde o participante acerta outras bolinhas para atingir um alvo. Os jogadores desenvolvem coordenação motora e são levados a elaborarem estratégias de arremesso e terem precisão de movimentos. Ao brincar com bolas de gude as crianças tem oportunidade de desenvolver percepção espacial e noções de direção, além de raciocínio numérico quando contam e separam as bolinhas ou memorizam o número de tentativas que realizaram. 

Brincadeiras com corda
   As brincadeiras com corda desenvolvem habilidades motoras, sincronização de movimentos e atenção. Em relação ao ensino de matemática o professor pode explorar as contagens, sequências numéricas, noção de velocidade, tempo, altura e distância, além da percepção espacial.
   A corda é um brinquedo que permite muitas variações de atividades: cabo de guerra, cobrinha, zerinho, pular corda, bater corda ao contrário.
   Ao propor que as crianças pulem corda, o professor pode ensinar "ladainhas" que são recitadas enquanto pulam ou batem a corda. Isso permite que as crianças desenvolvam noções espaço-temporais, pois coordenam o ritmo ao movimento de saltar corda.

Referência bibliográfica:
Brincadeiras Infantis nas Aulas de Matemática  - 1ª edição - Ed. Artmed
Kátia Stocco Smole
Maria Ignez Diniz
Patricia Cândido
 



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